sábado, 19 de julho de 2008

Bate-papo com Paulo Skaf - Parte 2




Casa Hope - A maioria das empresas tem hoje um projeto, ou projetos, de responsabilidade social. Isso, na sua opinião, aponta para uma atitude “politicamente correta” ou para uma postura verdadeiramente responsável diante da sociedade na qual está inserida?
PS - “Politicamente correto” é, apenas e tão somente, uma frase de efeito, uma expressão que até já está sendo usada com ironia por alguns. A participação das empresas, seus acionistas e trabalhadores, no Terceiro Setor é um efetivo avanço social. Demonstra que estamos, responsavelmente, fazendo a nossa parte. Cada vez mais as empresas têm buscado atuar na busca de soluções para os problemas coletivos.

Casa Hope - Qual o perfil do empresário socialmente responsável?
PS - Toda e qualquer pessoa, empresário ou não, que pauta sua vida pelo respeito à ética, educação, cultura e ao trabalho tem muita sensibilidade para a responsabilidade social.

Casa Hope - Como a universidade pode contribuir para a formação de futuros empresários socialmente responsáveis?
PS - Cumprindo o seu papel de bem educar. Povo educado é povo desenvolvido, e isso está ligado à responsabilidade social. Este tema, inclusive, já está nos currículos de muitas universidades brasileiras.

Casa Hope - São inúmeras as instituições não governamentais no país, atuando nas mais diversas áreas. Na hora de escolher uma instituição, quais são os critérios adotados pela empresa?
PS - Infelizmente ainda há muitos oportunistas, instituições criadas para outros objetivos que não a prática da responsabilidade social e que enganam muita gente. Portanto, é preciso ter muito cuidado na escolha. Um cuidado interessante é, sempre, visitar a sede da instituição, conversar com os seus dirigentes e, até mesmo, ouvir o GIFE, a entidade que congrega as
instituições do terceiro Setor no Brasil.

Casa Hope - Por que algumas empresas optam por desenvolver seus próprios projetos ou criar instituições ou fundações ao invés de apoiar organizações já existentes?
PS - Muitas vezes por receio da escolha, como falamos antes. Mas, também, por uma questão de foco. O critério de atuação passa, muitas vezes, pelas necessidades da região em que está a empresa. Se, por exemplo, a demanda local é por educação, saúde ou cultura, nem sempre há uma instituição que esteja pronta a atuar ali e nesse foco. Assim, a empresa opta por criar um
projeto e ela mesma realizá-lo.

Casa Hope - Como empresário e contribuinte da Casa Hope, o senhor tem acompanhado os trabalhos da instituição? Na sua opinião, que tipo de devolutiva um empresário espera obter da instituição que apóia?
PS - No Terceiro Setor não se deve esperar outro retorno além do efeito positivo do ‘investimento social’ realizado por nós. Nada melhor do que, por exemplo, ver o sorriso saudável e feliz de um beneficiado por um programa, um projeto no qual você participou. A Casa Hope, com sua ética e eficiência, tem proporcionado a todos os seus contribuintes esse tipo de retorno.

Casa Hope - Um conselho, ou uma dica, para que as instituições do Terceiro Setor e o empresariado brasileiro possam fazer, juntos, muito mais pelo desenvolvimento do país.
PS - Acreditar em si, nos semelhantes e no Brasil. Agir sempre pautado pela ética, pelo amor ao próximo e ao País. Sonhar grande, para realizar na mesma proporção. Manter a esperança, mesmo que na adversidade. Lutar, responsavelmente, pelos direitos individuais e coletivos. E trabalhar, trabalhar, trabalhar.

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Bate-papo com Paulo Skaf - Parte 1

O empresário e presidente da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp) bateu um papo com a Casa Hope sobre o terceiro setor, parcerias público-privadas e sobre o perfil do brasileiro socialmente responsável. Para ele, o povo brasileiro traz no DNA a solidariedade e o governo tem se esforçado para “resgatar a grande dívida social do Brasil para com o seu povo.”



Casa Hope - O que o senhor espera da economia do país para 2008? Qual o reflexo dessa economia para o Terceiro Setor?
PS - Esperamos um crescimento maior do que o do ano passado, embora ainda tenhamos alguns gargalos a resolver. Entre os quais a reforma tributária e a questão do câmbio, fatores que inibem a desenvoltura da economia. Quanto ao Terceiro Setor, é claro que crescimento sempre proporciona reflexos positivos.

Casa Hope - Qual a sua percepção em relação a evolução do Terceiro Setor no Brasil? As instituições da iniciativa privada estão, inevitavelmente, realizando um trabalho que deveria ser do Estado? Ou o crescimento do Terceiro Setor é uma tendência natural da nossa sociedade, independentemente da atuação ou não atuação do governo? O brasileiro é engajado por natureza?
PS - A índole do povo brasileiro traz, no seu DNA, a solidariedade. Assim, somos pessoas sensíveis aos problemas do próximo, a nos ajudar mutuamente. Nesse contexto, o Terceiro Setor, no Brasil, sempre existiu informalmente e, hoje, vive um momento de consolidação de seus reais propósitos, do foco correto, da sua estruturação como atividade organizada. Também ficou clara a diferença entre assistencialismo, beneficência e responsabilidade social, algo muito importante para um trabalho com respeito à dignidade humana. Enfim, o Estado tem as suas obrigações para com o povo, entretanto, nós também temos as nossas. Assim, cabe-nos exigir dos governos, em seus três níveis, o exercício ético da administração pública e o cumprimento de suas obrigações sociais, mas, também, é preciso realizar a nossa parte no campo privado. Isso é o que se pode chamar de Responsabilidade Social.

Casa Hope - Na sua opinião, quão significativos são os investimentos do Governo Federal em projetos sociais?
PS - O Governo Federal tem se esforçado, na última década, no sentido de resgatar a grande dívida social do Brasil para com o seu povo. Sem dúvida cresceram os investimentos nas áreas essenciais ao bem-estar, como saúde e educação. Mas, claro, ainda há muito o que fazer nelas e em outras frentes, cuja dinâmica social do País, agrava ou traz novos problemas. A questão da
segurança, por exemplo, hoje é a maior preocupação do brasileiro.

Casa Hope - Iniciativa privada e poder público: essa parceria pode dar certo?
PS - Tem que dar certo, não há outra hipótese. A iniciativa privada e o poder público objetivam um mesmo e maior propósito, o desenvolvimento do Brasil. Assim, precisam se entender e trabalhar, juntos, pela qualidade de vida da população.

Casa Hope - Benefícios fiscais, como por exemplo, realização de doação via FUMCAD (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) atraem o empresariado?
PS - São instrumentos realmente eficazes para incentivar a participação do empresariado no Terceiro Setor, num país que tem uma das mais altas cargas tributárias do mundo. Mas, não podem ser vistos como o único caminho. A conscientização da responsabilidade social é o mais importante, o que vai gerar o engajamento legítimo e permanente.

Blog da Casa Hope

Carta da Presidente

Tenho reservado este espaço para tratar especialmente dos assuntos relacionados à construção da nova sede, que é hoje o nosso maior desafio enquanto instituição. Nesta edição, não fugi à regra.

Mãos à obra! Não é assim que se costuma dizer antes de iniciarmos um grande trabalho? Pois bem. É exatamente sobre essa “mãozinha” que eu gostaria de falar com você, estimado leitor do Panda em Foco.

Dentre todas as atuais necessidades para a conclusão das obras da nova sede, quero colocar aqui uma em especial: a mão-de-obra. Alguns serviços de mão-de-obra especializada como colocação de pisos, de forros, de vidros, montagem de esquadrias de madeira, colocação de divisórias de neocom, mármore, instalação de louças e metais, colocação das luminárias, fios e cabos etc são realizados por pequenos empreiteiros que não têm condições de doar integralmente seu trabalho. Por esse motivo, a contratação e consequente gasto com esses serviços, tão essenciais para a continuidade das obras, são inevitáveis. Assim, lanço aqui mais uma campanha de arrecadação
em prol da Nova Sede: Dê uma mão para a Casa Hope. Patrocine um serviço de mão-de-obra especializada.

Estamos na reta final, e o seu apoio é essencial para que consigamos chegar lá. Junte-se a nós mais uma vez. Falta pouco para concluirmos as obras da Nova Sede, e o que é pouco para você, é certamente muito para as nossas crianças.

Na construção de um prédio não podem faltar os tijolos, o concreto, as estruturas metálicas… Na construção de um sonho, não podem faltar pessoas como você.



Cláudia Bonfiglioli
Presidente da Casa Hope

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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Bate-papo com Abram Szajman

Nesta edição, o Panda em Foco traz um Bate-Papo com o empresário e um dos doadores para a construção da Nova Sede Hope, Abram Szajman.



Dr. Abram, como é chamado aqui na Casa Hope, é Presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo – Fecomércio SP; Presidente do Centro do Comércio do Estado de São Paulo – CCESP; Presidente dos Conselhos Regionais do SESC e do SENAC; 1º Vice -Presidente da Confederação Nacional do Comércio – CNC e Presidente do Conselho de Administração do GRUPO VR, integrado por empresas de comércio, serviços e financeiras.
Ele nos fala sobre como a iniciativa privada pode colaborar com o trabalho das organizações não-governamentais em sistema de parceria. Fala também sobre a parceria Hope - Senac que viabiliza a capacitação profissional dos atendidos da instituição e de quais foram os critérios adotados para que a Casa Hope recebesse o apoio da Família Szajman.

Casa Hope - O Senac São Paulo disponibiliza para a sociedade cursos técnicos de capacitação profissional cuja estrutura tem um aporte financeiro proveniente dos cursos superiores. De que forma este modelo colabora para um acesso maior e melhor à educação?
Abram Szajman - Nossa política de preços e de concessão de bolsas de estudos busca ampliar as possibilidades de toda a população. Os cursos técnicos de nossa programação preparam para a prática profissional e o rápido ingresso no mercado de trabalho. Permitam-nos um esclarecimento: o Senac São Paulo mantém um investimento contínuo no desenvolvimento de cursos e programas, visando o lançamento de novos títulos ou a atualização permanente do seu portfólio, em vista do dinamismo do mercado. A qualidade desse trabalho é possível com o aporte da receita proveniente da contribuição das empresas de comércio de bens e serviços.

Casa Hope - Qual o papel de instituições como o Senac São Paulo na formação de profissionais e pessoas socialmente responsáveis?
Abram Szajman - O Senac São Paulo inscreve como sua missão o desenvolvimento de pessoas e organizações para a sociedade do conhecimento, por meio de ações educacionais comprometidas com a responsabilidade social. É assim que nossa organização prepara profissionais cidadãos, conscientes de que sua atuação deve trazer benefícios para si e para o conjunto da sociedade.

Casa Hope - Como o terceiro setor e instituições privadas podem trabalhar juntos para o desenvolvimento do país?
Abram Szajman - O Senac São Paulo acredita firmemente na efetividade de parcerias intersetoriais, que ajudam a direcionar o trabalho de responsabilidade social de organizações na atuação com iniciativas do terceiro setor. Ao mesmo tempo, o trabalho conjunto possibilita um diálogo ampliado com novos segmentos da sociedade e promove a sinergia das ações.
Esforços coordenados estão sempre em melhor sintonia com bons resultados.

Casa Hope - Na sua opinião, é possível que Organizações Não-Governamentais
como a Casa Hope, por exemplo, utilizem um sistema semelhante ao do Senac
para garantir a sustentabilidade de suas atividades?
Abram Szajman - Toda organização precisa estar em sintonia constante com o público-alvo de seu trabalho. É isso que garante sua legitimidade, flexibilidade, rápido redirecionamento de esforços quando necessário e efetividade de sua atuação. Da mesma maneira, é preciso enfatizar e praticar o diálogo com seus pares e outros segmentos da sociedade, inclusive com as várias instâncias governamentais. A sustentabilidade é resultado de um processo contínuo de questionamento, diálogo e renovação.

Casa Hope - O que o motivou a apoiar a causa da Casa Hope? Quais foram os critérios utilizados para escolher a instituição?
Abram Szajman - Um dos focos da atuação social do Senac São Paulo é o apoio ao desenvolvimento de organizações de caráter comunitário que atendem a públicos com carências específicas, qualificando lideranças ou equipes por meio de treinamentos específicos ou concessão de bolsas de estudos de sua programação regular. Além disso, o Senac mantém trabalhos com centenas de organizações de base comunitária por meio das redes sociais, Programa Formatos, Fórum Permanente do Terceiro Setor, entre outros. Com a Casa Hope, era fácil perceber a importância, o alcance e a seriedade do trabalho prestado.
Assim, foi natural que uma atuação conjunta logo se tornasse possível, buscando colaborar para trazer ainda mais efetividade às generosas ações empreendidas. Nossa ação procurou contribuir com a capacitação de funcionários e a realização de oficinas de qualificação pré-profissionalizante para os hóspedes acompanhantes, no sentido de facilitar a geração de recursos próprios.

Casa Hope - Responsabilidade Social: um recado para os empresários do país.
Abram Szajman - Não há esperanças de um desenvolvimento realmente sustentável para nosso país sem a preocupação com o exercício da responsabilidade social. É isso que buscamos no Senac São Paulo. Temos um compromisso cotidiano com a construção de cenários sociais mais justos e solidários, com ênfase na educação voltada para a inclusão social e no exercício de uma ação contributiva com as comunidades nas quais atuamos.

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